Às vezes queria ser um livro raiz. Acho que assim tudo seria previsível. Essa coisa de não saber aonde começar nem aonde terminar me angustia, estou cercada por moratórias por todos os lados. Ora, não percebem que me sufocam? A sensação que tenho é de está num manicômio, hospício, sei lá. Será que estou enlouquecendo? São tantas dúvidas que já nem sei.
Ver transformações acontecendo no meu corpo sem saber como e nem porquê, é louco isso. Acho que a loucura me toma. Peguem as camisas de força, a medicação cavalar e se quiserem até me deem choques pois tudo que desejo é ser LIVRE e se assim não o for não sei se terei motivos para continuar vivendo.
Outro dia vi na internet uma pesquisa que aponta que a maioria dos adolescentes passam por esta fase. Tomara que seja só uma fase mesmo.
Mas sabe, pouco importa essa pesquisa afinal, saber que a maioria daqueles que nem são mais crianças e nem tão pouco adultos passam pelo mesmo conflito que eu, diretamente não me ajuda em nada, serve apenas de consolo. E eu não quero consolo, quero respostas que me saciem.
Sinceramente acho de um egoísmo extremo a sociedade esperar que eu me adapte a ela quando tudo em mim está em constante transformação. Seria muito mais fácil se essa tal de sociedade me enxergasse como um ser único que vivencia e manifesta suas experiências de maneira própria e que acima de tudo não tem o menos interesse em seguir regras ou pertencer a um padrão.
Quero apenas ser LIVRE e portanto FELIZ.
Por: Josefa Maria da Cruz

Muito interessante esse depoimento, acho que ele capta perfeitamente o sentimento que se passa na cabeça do adolescente que se encontra em conflito com suas atitudes frente ao que a sociedade espera dele. Por : Luciana Rocha
ResponderExcluirGostei muito do teu texto Lia... parabéns
ResponderExcluir#arrasou