Dia 14 de Maio de 2014 no teatro João Lira na cidade de Caruaru-pe, ouve
uma apresentação teatral realizada pelo grupo TRUPS UNIFAVIP DEVRY (grupo formado por alunos da instituição de
ensino UNIFAVIP DEVRY),que contou de forma emocionante e artística a historia de Akenti Ivanovich ,um funcionário público ,que oprimido
pelos nobres da alta sociedade de seu tempo ,e angustiado por conflitos
relacionados ao seu trabalho, acaba entrando em um ciclo de várias crises ,até
ser internado em um manicômio , e o mesmo
deixa relatado em seu diário vários desses sentimentos conflitosos .O nome
da peça é “morrendo em vida aos braços da loucura” A peça é uma adaptação do
conto de Nicolai Gogol, “Diário de um louco” que foi escrita em 1935. A história nos remete a
refletir sobre os olhares sobre a luta
antimanicomial e os conflitos apresentados
por os pacientes em sofrimento mental.
Além
da apresentação da peça ,ouve debates ,onde se fizeram presentes a Prof.ª.
Geórgia Menezes (DR. em psicologia ,professora do curso de psicologia na
UNIFAFIP ), Rita Acioli (coordenadora de saúde mental de caruaru)e Viviane
Tavares (coordenadora de saúde mental de Belo Jardim ,e ex-aluna UNIFAVIP).
Foram abordados
diversos temas no debate ;entre vários
foi citado a luta manicomial no
Brasil ,a conquista da reforma psiquiátrica , e o surgimento do centro de atenção psicossocial no pais
(CAPS),e sua importância ate os dias atuais ;o que são e para que servem ;além
de os principais problemas levados ao
CAPS e a falta de informação por parte
da população ( em especial a família),e algumas orientações de como se chegar
até o serviço.
A
partir de algumas reflexões feita sobre tal tema abordado podemos ir um pouco
além e dizer que é um fato que a cada dia que passa o preconceito cheio de exclusões aumentam por uma boa parte daqueles que
compõem a nossa sociedade ,voltado a reintegração social daquele que é vitima
de vários tipos de preconceitos e de alguma tipologia de doença mental. A nossa
sociedade ,hoje sofre por falta de amor pelo próximo(a falta de altruísmo).É
preciso uma reeducação ,em nossos
hábitos onde a gentileza ,e a sensibilidade de se colocar no lugar do
outro possa ser maior que qualquer tipo
de preconceito.
E
quem mais sofre com isso são nossas crianças e adolescentes, e em especial
aquelas que sofrem de alguns transtornos e doenças mentais ,tais como a psicose(psicose
é a perda de contato com a realidade, geralmente incluindo falsa confiança
sobre o que está acontecendo ou quem se é ,bem como ver e ouvir coisas
inexistentes) o autismo (O autismo é um transtorno de desenvolvimento que
aparece nos três primeiros anos de vida,ele afeta o desenvolvimento normal do
cérebro relacionado às habilidades sociais e de comunicação) , e a depressão(perda
inconsciente /queda da auto estima) ,entre outras problemáticas .Uma vez que na infância a
criança precisa do apoio daqueles que
são de grande importância (referência) que vão fazer parte do seu desenvolvimento
psíquico e subjetivo; e já na
adolescência surge à busca e o desejo de transgredir como uma forma de alcançar a
liberdade. É preciso que aja uma compreensão, um entendimento dos fatos, uma sensibilização,e
seja deixado de lado atitudes preconceituosas(“bicho de sete cabeças”) ;para
que não aja mais vitimas de tais atitudes inaceitáveis, e retrogradas .
A
Revista Brasileira de Psiquiatria SCIELO em 2012 publicou que existe uma
estimativa “de que 10% a 20% de crianças e adolescentes sofrem de transtornos
mentais e que 3% a 4% possuam graves transtornos, exigindo tratamento intensivo,
tais como autismo e psicose infantil.Dados
como esses são de grande importância para que se possa haver uma maior compreensão
da importância de serviços de saúde, oferecidos ,através de instituições como
o CAPS dentre outros. E é importante
pesquisas como essas também para analisar ou saber da qualidade de vida que
esta sendo proporcionada a cada um dos pacientes e seus familiares durante o
tratamento e após a utilização dos serviços.
Para
os profissionais da área não há nada mais gratificante que a reinserção social
da pessoa em sofrimento, após a alta.Como
numa espécie de rizoma que aja união e que havendo união, que possamos deixar
varias ramificações cheias de brotos em vários pontos de nossa sociedade, em
busca de
respeito e uma vida de igualdade para todos.
Como
diria Lacan, “Somos o discurso do outro”. E que possamos nos reinventar para
que a partir de nós surja um novo outro.
Por: José Tarcisio Alceu Gabriel Júnior
foto 1: evento realizado por alunos da UNIFAVIP.
Imagens feitas por Natalina Ferreira
Foto 2: Duas crianças trocando gestos de gentileza
Fonte: BLOG DA MARGOT
Foto 3:foto de um rizoma
Fonte: Núcleo de Estudos da Subjetividade Suely Rolnik
Imagens feitas por Natalina
Ferreira




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