Os discentes da turma
NT2 do curso de Psicologia da UNIFAVIP | DEVRY realizaram no mês de março
seminário referente às Tribos Urbanas como componente de avaliação para a
disciplina de Genealogia e Construção da Subjetividade II: Adolescência. Tal
apresentação englobou as tendências grupais, tema recorrente na literatura
sobre o adolescente.
Segundo Knobel (2008),
o sujeito adolescente, na sua busca de formação de identidade, recorre como
comportamento defensivo à busca de uniformidade, que pode proporcionar
segurança e estima pessoal. É o momento onde surge o espírito de grupo, o
processo de superidentificação em massa, onde todos se identificam com cada um.
O fenômeno grupal na
adolescência é fundamental para que o sujeito encontre uma maneira ativa de
definir sua identidade diferente da do meio familiar. Neste período, no qual
tudo o que o sujeito deseja é ser reconhecido no meio adulto, a integração em
grupos proporciona um meio de garantir segurança afetiva e autoestima.
Diversas tribos urbanas
foram abordadas neste seminário, tais como hippies, punks, góticos, rastafári,
funk, entre outros. O grupo exposto acima realizou a pesquisa da turma dos
clubbers, que são um grupo que tem por ideologia o símbolo PLUR (em inglês,
Paz, Amor, União e Respeito). Prezam pelo respeito ao próximo, são contra
qualquer forma de preconceito, e querem apenas curtir ao som da música
eletrônica, estilo que domina as raves, ponto de encontro dos clubbers. Gostam
de inventar estilos, e se vestem supercoloridos e com diversos acessórios.
Superando o preconceito cultural, o tal etnocentrismo antropológico de rejeitar
o que é diferente (no melhor estilo “diga-me com quem anda que te direi quem
és”), os clubbers não se importam com a opinião alheia.
Em uma sociedade tão
diversa, o motivo pelo qual pessoas se juntam em um grupo não é mistério. A
psicanalista Alba Senna explica que todo mundo precisa se sentir parte de algum
grupo. “O ser humano tem necessidade de se grupalizar como uma forma de ser
amparado e não se sentir sozinho. Assim, busca outros com os mesmos traços,
seja de pensamentos, modos de vestir, músicas etc. E como esses elementos se
exteriorizam, existe uma taxação, já que se formam verdadeiras tribos”, analisa
Alba. “Temos tendência a tecer opiniões sobre o que é diferente sem
conhecermos. As pessoas não são melhores nem piores por causa de seus gostos e
cabe a nós uma segunda impressão”, conclui a psicanalista.
De fato, não podemos
controlar o pensamento das pessoas. Não tem como saber o que uma pessoa pensa
muito menos o porquê. As pessoas são diferentes, logo pensam de maneiras
diferentes.
O que os outros pensam
de você, que seja coisas boas ou ruins – a opinião é totalmente deles. Da
próxima vez que você for se preocupar com o que os outros pensam ou podem
pensar de você, antes, pergunte a si mesmo se esse pensamento sobre você pode
exercer algum efeito em sua vida. No fim das contas, o que pensam de você é
problema de quem pensa e não seu.
Por: Kristine Albuquerque
Figura 1: Grupo de alunos após apresentação de trabalho sobre Os Clubbers ao lado da professora Patrícia Lira. Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 2: Momento da apresentação sobre Os Clubbers. Fonte: Arquivo pessoal

Tantos trabalhos bons foram apresentados em sala de aula, eu até fiquei com medo de que ninguém postasse algo referente a tantas, poderia dizer, obras de arte memoráveis. Esse trabalho foi um deles. Parabéns pela postagem. Ótima defesa quanto a questão da divisão dos adolescentes frente a sociedade.
ResponderExcluirLinda postagem, texto muito bom. Parabéns Kris!!
ResponderExcluirMuito bom!
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